Erosão costeira ameaça praias do Estado de São Paulo

25 03 2008

 

             A praia é um ambiente complexo, não é apenas formada de areia e mar.Trata-se de um sistema dinâmico de erosão e sedimentação. O balanço sedimentar consiste na diferença entre os sedimentos que entram e aqueles que saem. Quando ele é negativo, existe erosão, a praia “diminui”; quando é positivo, existe sedimentação, a praia “aumenta”.
             A entrada e saída de sedimentos na praia ocorrem principalmente por conta das correntes de deriva litorânea, que são o movimento de águas costeiras quase paralelas à costa, originado pela incidência oblíqua das ondas nas praias. A partir da análise dessas correntes, os especialistas podem descobrir qual parte da praia “aumenta”, e qual “diminui” de maneira natural.
             A praia do Gonzaguinha , na cidade de São Vicente, é um bom exemplo da erosão litorânea “mista” (natural e humana). A corrente que trazia os poucos sedimentos para essa área foi desviada devido ao aterro artificial de uma das pontas da costa (Ilha Porchat). Com isso, a praia vem sofrendo um processo de erosão contínua, e, segundo os especialistas, ela poderá sumir daqui a 109 anos.

 Praia do Gonzaguinha

 

 

 Ilha Porchat

 

 

 

Fonte: http://blog.costabrasilis.org.br/2007/10/16/erosao-costeira-ameaca-praias-no-estado-de-sao-paulo/

Fonte (imagens): http://www.csv.unesp.br/P_noticias/07/abri07/img/gonzaguinha.jpg

http://www.gestour.com.br/images/conteudo/geral/gf_f4812_7191.jpg

http://www.poluicaosonora.adm.br/images/Ilha%20Porchat%20II.jpg





Sedimentação

25 03 2008

Sedimentação é um processo de separação em que a mistura de dois líquidos ou de um sólido suspenso num líquido é deixada em repouso.A fase mais densa, por ação da gravidade, deposita-se no fundo do recipiente, ou seja, sedimenta.

 Em geologia, chama-se sedimento ao detrito rochoso resultante da erosão, que é depositado quando diminui a energia do fluido que o transporta, água, gelo ou vento.As características dos sedimentos dependem da composição da rocha erodida, do agente de transporte, da duração do transporte e das condições físicas da bacia de sedimentação.

Importância dos sedimentos em ecologia e na engenharia hidráulica            Os fundos dos oceanos e lagos são, em grande parte, cobertos por sedimentos que formam um substrato que pode suportar ecossistemas complexos. Na zona eufótica, os sedimentos podem ancorar plantas que servem de alimento e refúgio a muitos animais; nas zonas mais profundas, são as bactérias que formam a base da cadeia alimentar destes ecossistemas bênticos. No Brasil o estudo dos sedimentos tem grande importância por causa de inteferências antrópicas, como por exemplo, mau uso do solo, causando diversos problemas pela erosão, voçorocas, transporte de sedimentos nos rios, depósitos em locais indesejáveis e assoreamento das barragens.

 

A deposição de sedimentos em reservatórios é um grande problema da engenharia hidráulica, pois a maioria da energia consumida vem de usinas hidroelétricas. No caso da Usina hidrelétrica de Tucuruí, por exemplo, foi calculado, pelos pesquisadores Jorge Rios e Roneí Carvalho, em 400 anos o tempo necessário para o assoreamento total do reservatório da barragem.

             Um dos principais motivos de sua importância, na engenharia hidráulica, é devido ao fato dos sedimentos serem prejudiciais a projetos e operações de obras hidráulicas, bem como conservação das terras e recursos hídricos.

 

As principais variáveis determinantes das características de uma rocha sedimentar são:

Natureza da rocha-fonte

Expressão topográfica e relevo da área-fonte

Distribuição dos elementos tectônicos na fonte e área de deposição

Agentes geológicos que transportam os sedimentos até o sítio deposicional

Intensidade do tectonismo em cada elemento tectônico

Tipo de ambiente reinante na área de sedimentação

Condições climáticas ( da área-fonte e do sítio de deposição).

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A interferência humana

25 03 2008

Ao longo da história e, em particular nos últimos séculos, as interações entre os objetos naturais foram modificadas pela ação humana, seja por meio do desmatamento em larga escala, do desvio do curso dos rios, da construção de represas ou das mudanças do relevo, entre muitas outras.

FATORES QUE CONTRIBUEM NO PROCESSO DA EROSÃO

-> O Desmatamento para extração de madeira, pecuária e para o plantio;

  -> A construção de favelas em encostas que, além de desflorestar, provocam a erosão acelerada devido ao declive do terreno;

->    As técnicas agrícolas inadequadas, quando se promovem desflorestamentos extensivos para dar lugar a áreas plantadas;

->     A ocupação do solo, impedindo grandes áreas de terrenos de cumprirem o seu papel de absorvedor de águas e aumentando, com isso, a potencialidade do transporte de matérias, devido ao escoamento superficial.

Intervenção humana nos processos erosivos

Queimadas

 

Desmatamento

 

Construção de represas

 

Construção de rodovias

 

Abertura de estradas nas florestas

 

Construção de casas em áreas de risco

Fonte: SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Trilhas da Geografia – Espaço geográfico brasileiro e cidadania. Editora Scipione. Cap.: 4. Pág.: 65.

Fonte (imagens): http://www.educarede.org.br/educa/img_conteudo/756_queimadas_veja.jpg

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http://mapx.map.vgd.gov.lv/geo3/Ukr/_Izmantotie%20Atteli/Arzemes/Itaipu.jpg

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O trabalho erosivo do sol

25 03 2008

A variação da latitude altera o grau de exposição das diferentes regiões à luz solar por causa do ângulo de incidência dos raios no solo. Essa incidência é crítica em áreas mais próximas ao Equador, caso das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte, onde a radiação solar é praticamente o dobro da que incide na maioria dos países europeus.

O Rio Grande do Sul, situado entre 27 º e 3 º S, após o trópico de Capricórnio, recebe um terço mais de radiação que esses países; quanto mais perpendicular estiver o Sol, maior a quantidade de energia que alcança o solo.

Por outro lado, os sintomas no que se vê (as plantas) indicam impactos no que não se vê (os microrganismos do solo). Estes não resistem mais que algumas horas e temperaturas acima de 40 º C. A morte desses microorganismos ou a parasitação de sua atividade interrompe os ciclos de transformação de minerais em nutrientes para as plantas, evidentes prejuízos às culturas e aos solos. A radiação solar também varia de acordo com as estações do ano: é maior no verão e menor no inverno. Essa energia determina a temperatura ambiente, que se exerce forte influência na degradação de compostos orgânicos: quanto mais calor, mais rápida é a decomposição (até certo limite).

A temperatura do solo afeta diretamente o clima da faixa da atmosfera logo acima da superfície. Esse microclima é importante na formação do próprio solo, já que influi em sua aeração, na desintegração do material original, na retenção da água, na movimentação dos colóides (substâncias solúveis na água presentes nos solos), no metabolismo e desenvolvimento de organismos que passam toda a vida ou parte dela sob a superfície, na germinação das sementes, na atividade funcional das raízes, na velocidade e duração do crescimento das plantas, e ainda na ocorrência e severidade de doenças nas plantas.

Fonte: http://br.geocities.com/kawakami_enc/erosao.html

Fonte (imagens): http://br.geocities.com/kawakami_enc/deserto.jpg

http://coolcosmos.ipac.caltech.edu/cosmic_classroom/multiwavelength_astronomy/multiwavelength_museum/images/sun_euv19.gif

http://www.achetudoeregiao.com.br/Astronomia/Astrogif/Sol/sol07.jpg





Erosão química

25 03 2008

Envolve todos os processos químicos que ocorrem nas rochas. Há intervenção de fatores como calor, frio, água, compostos biológicos e reações químicas da água nas rochas. Este tipo de erosão depende do clima, em climas polares e secos, as rochas se destroem pela troca de temperatura; e em climas tropicais quentes e temperados, a umidade, a água e os dejetos orgânicos reagem com as rochas e as destroem.

 

 

 

 

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Eros%C3%A3o#Eros.C3.A3o_qu.C3.ADmica

Fonte (imagem): http://www.gesmo.org/images/DSCF3869.JPG





O trabalho erosivo da força gravitacional

25 03 2008

Os movimentos de massa, envolvendo sedimentos, solos e blocos de rochas a partir da desestabilização de terrenos inclinados ou encostas, são provocados pela gravidade. Podendo assumir várias magnitudes, esses movimentos variam de lentos (rastejos) a outros rápidos e catastróficos (corridas de lama ou areia, rolamentos e quedas de matacões ou blocos de rochas e deslizamento de sedimentos e solos).

Rastejos

São movimentos lentos (poucos centímetros por ano) e superficiais, retomados a cada período chuvoso, em massas pouco consolidadas de sedimentos ou solos, como os colúvios (solo de vertentes, misturado com solos e fragmentos de rochas trazidos das zonas mais altas), por exemplo. Fendas superficiais e inclinação progressiva de postes e árvores são indicadores desses movimentos.

Corridas

São movimentos muito rápidos, envolvendo grandes quantidades de água misturada aos sedimentos e solos formando um fluido viscoso com características próprias de escoamento. São comuns em áreas de relevo forte e tem grande poder destrutivo em virtude da trajetória mais longa do fluxo, se comparadas aos deslizamentos. Águas correntes muito curvas e densas (barrentas) são indícios de formação de corridas de lama.

Rolamentos e quedas

Os rolamentos de matacões são próprios de encostas formadas em rochas cristalinas alteradas pelo intemperismo químico. A decomposição progressiva ao longo das fraturas e falhas vai individualizando blocos arredondados (matacões), que ficam dispersos na massa de solo residual. As quedas de blocos, ocorrem em relevos mais acentuados, como serras e morros de rochas cristalinas. Isso se deve ao desequilíbrio de blocos rochosos, que soltam ao longo de descontinuidades (fraturas e planos de xistosidade), principalmente quando os maciços são submetidos a cortes.

 

Matacões em Karlu Karlu, Austrália.

Deslizamentos

São movimentos gravitacionais de massa, mobilizando sedimentos, solos e/ou rochas, que ocorrem de modo brusco em decorrência de rupturas nesses materiais, deixando uma cicatriz de geometria plana ou ligeiramente côncava.

Diferentemente da erosão, na qual existe um fluido (água) transportando as partículas do solo, os deslizamentos causam maior impacto pelo caráter brusco da ruptura de parte da encosta.

Os fatores mais comumente considerados na análise de estabilidade de encostas são as cargas externas, o peso próprio, a pressão da água e a resistência do solo. A água de chuva infiltrada no terreno aumenta os valores do peso próprio e da pressão da água, e reduz a resistência do solo, diminuindo o fator segurança.

 

 

 

 

Fonte: http://paginas.terra.com.br/educacao/br_recursosminerais/images/bossoroca_monte_alto_a.jpg

Fonte (imagens): http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/imagens/interacao/rastejo.gif

http://paginas.terra.com.br/educacao/br_recursosminerais/images/bossoroca_monte_alto_a.jpg

http://www.dicionario.pro.br/dicionario/images/9/90/Karlu_Karlu_2.jpg  

http://www.brasilescola.com/upload/e/deslizamento%20titulo.jpg





O trabalho erosivo do vento

25 03 2008

O vento é um agente erosivo intenso nos desertos e nas praias. O trabalho do vento modificando o relevo é chamado erosão eólica.

 

 

E se realiza de duas formas:

Destruição: o vento em seu trabalho destrutivo retira e transporta partículas mais finas das rochas, em um processo denominado deflação. Ao lançá-los, com violência, contra outras rochas, acaba escavando-as, em um trabalho denominado corrasão. Em decorrência desses processos, surgem grandes depressões, planaltos pedregosos ou formações com aspectos exóticos, como cogumelo, taça, etc.

 

 

Acumulação: quando o vento diminui de velocidade, ele deposita os materiais que carrega, os quais constituem os chamados depósitos eólicos.

 

 

 

Com características diferentes, esses depósitos apresentam-se sob duas formas principais:

Dunas: formadas por uma deposição contínua, apresentam-se como grandes elevações de areia, podendo ser fixas ou móveis.

Loess: sedimentos muito finos, quase sempre amarelados, e muito férteis, constituídos por quartzo, argila e calcário. Sua área de ocorrência mais conhecida é a China Meridional.

Fonte: MARINA, Lúcia; RIGOLIN, Tércio. Geografia. Volume Único. Série Novo Ensino Médio. Cap.: 9. Pág.:63.

Fonte (imagens): http://www.perceptions.couk.com/imgs/wind-erosion.jpg  

http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-solo/imagens/erosao14.jpg  

http://www.uwsp.edu/geo/faculty/ritter/geog101/textbook/images/lithosphere/eolian/rock_wind_abrasion_p0772932441_NRCS.jpg  

http://www.dkimages.com/discover/previews/951/50525133.JPG  

http://www.francosegurosaude.com.br/jericoacoara/dunas-jeri.bmp

http://www.elitebrasil.com.br/riograndedonorte/dunas.jpg

http://www.calangosdocerrado.com.br/Dunas-j.jpg

http://www.outreach.canterbury.ac.nz/resources/geology/glossary/loess.jpg





As geleiras

24 03 2008

 

 

Em outros lugares, as geleiras formam-se nos picos das altas montanhas, com neve permanente. São as geleiras do tipo alpino ou de vale. Elas constituem uma reserva de água doce que alimenta as torrentes e os rios durante o verão. A parte mais elevada das geleiras alpinas tem forma circular e recebe o nome de circo glacial.

Geleiras são poderosos agentes modificadores do relevo, mas seu poder de erosão não é tão grande em rochas muito resistentes. A força erosiva do gelo aumenta com os fragmentos de rochas que transporta e que funcionam como uma “lixa” sobre o solo. A geleira vai acumulando e transportando detritos denominados morenas ou morainas.

Os fiordes da Escócia, Groelândia e Noruega são antigos vales glaciais localizados em litorais de costas altas, que foram reescavados profundamente pela ação das geleiras e invadidos pelas águas do mar.

Fonte: MARINA, Lúcia; RIGOLIN, Tércio. Geografia. Volume Único. Série Novo Ensino Médio. Cap.: 9. Pág.: 63.

Fonte (imagens): http://www.apolo11.com/imagens/etc/geleira_noruega.jpg

http://www.igc.usp.br/glacial/imagem/glossario/7.jpg

http://www.webavista.com.br/turismo/LISTA/beleza-profunda/Fiorde-de-Geiranger.jpg





O trabalho erosivo do gelo

24 03 2008
Nas regiões de altas latitudes, extensas camadas de gelo cobrem tudo: planícies e montanhas. São as geleiras continentais ou inlandsis. Com o aumento das temperaturas no verão, essas geleiras se fragmentam. Os blocos de gelo que se dirigem para os oceanos formam os icebergs – montanhas de gelo que representam um grande perigo para navegação marítima, pois 90% de seu volume fica submerso. Quando esse gelo desliza montanha abaixo, formam-se vales glaciais, em forma de U.
Fonte: MARINA, Lúcia; RIGOLIN, Tércio. Geografia. Volume Único. Série Novo Ensino Médio. Cap.: 9. Pág.: 63.

Fonte (imagem): http://img412.imageshack.us/img412/5835/iceberg3af5.jpg





O trabalho construtivo das águas do mar

24 03 2008

A esse processo dá-se o nome de acumulação marinha. Ocorre especialmente nas áreas de costas baixas, onde o mar deposita os sedimentos que transporta do continente, sobretudo areia. As praias, por exemplo, são formadas pelo trabalho de sedimentação marinha. Outras formas de construção marinha:

Restingas: são cordões de areia que se formam paralelamente à costa, quando o mar realiza um trabalho de acumulação ou deposição.

Recifes: são formações que podem se originar da consolidação de areia de antigas praias (recifes de arenito) ou da acumulação de corais – minúsculos animais marinhos – no litoral (recifes de corais). O mar constrói ilhas de corais sobre vulcões submarinos, que são chamados de atol.

Tômbolos: são línguas ou cordões de areia que ligam uma ilha ao continente.

 

Fonte: MARINA, Lúcia; RIGOLIN, Tércio. Geografia. Volume Único. Série Novo Ensino Médio. Cap.: 9. Págs.: 62-63.

Fonte (imagens): http://vidadecamaleao.files.wordpress.com/2007/08/arraial-do-cabo-1.jpg

http://www.setur.rn.gov.br/english/fotos/138_recifes_maracajau.jpg

http://arch.ced.berkeley.edu/kap/images/hbs4.jpg